Por inúmeras razões – machucados, falhas no desenvolvimento, mas principalmente genes defeituosos – algumas pessoas têm uma deficiência de visão para cores, sendo incapazes de perceber certas cores, tornando-os “cegos para cores”.
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Os tipos de cegueira
A forma mais comum é a cegueira para cores vermelha e verde devido à falta de cones sensíveis a comprimentos de onda médios (verde). A condição é ligada ao sexo, de forma que os machos (cerca de 0,5%) são os mais afetados do que as fêmeas (menos de 0,5%).
Um indivíduo com tal problema era John Dalton (1766-1844), químico (propôs a teoria atômica dos elementos) e físico inglês. Provavelmente suspeitou de algo antes, mas o momento decisivo aconteceu quando foi a um encontro formal com traje cerimonial perto dos Quakers e um confiante Dalton apareceu vestido um traje vermelho vivo.
Ele (e seu irmão) podia perceber azul e roxo, porém, depois disso, apenas amarelo. Verde, amarelo e laranja não eram mais do que diferentes tons de amarelo. Plantas verdes e sangue vermelho pareciam a mesma coisa. Finalmente formulou a hipótese de que o núcleo de gel dos seus olhos, o corpo vítreo de ser claro, era colorido de azul, filtrando os tons que não podia perceber.
Não existe qualquer forma fácil de testar isso sem remover seus olhos. Portanto, logo após sua morte, o assistente de Dalton seguiu suas instruções, retirou seus olhos, despejou o conteúdo de um olho em um vidro de observação, acendeu uma luz sobre ele e registrou que tudo era claro. Sem colorido.
Depois cortou uma pequena janela na parte de trás do outro olho e examinou através dela. Novamente, tudo claro. Sem colorido. A cegueira para cores, algumas vezes chamada de “daltonismo” em sua honra, resultava de um defeito em outro local.
Os tons de cores
Ele (e seu irmão) podia perceber azul e roxo, porém, depois disso, apenas amarelo. Verde, amarelo e laranja não eram mais do que diferentes tons de amarelo. Plantas verdes e sangue vermelho pareciam a mesma coisa. Finalmente formulou a hipótese de que o núcleo de gel dos seus olhos, o corpo vítreo de ser claro, era colorido de azul, filtrando os tons que não podia perceber.
A DESCOBERTA DO DALTONISMO
Não existe qualquer forma fácil de testar isso sem remover seus olhos. Portanto, logo após sua morte, o assistente de Dalton seguiu suas instruções, retirou seus olhos, despejou o conteúdo de um olho em um vidro de observação, acendeu uma luz sobre ele e registrou que tudo era claro. Sem colorido.
Depois cortou uma pequena janela na parte de trás do outro olho e examinou através dela. Novamente, tudo claro. Sem colorido. A cegueira para cores, algumas vezes chamada de “daltonismo” em sua honra, resultava de um defeito em outro local.
Hoje sabemos que é uma condição herdada que deixa a retina sem cones sensíveis aos comprimentos de onda médios da luz visível (veja na Figura 2). A teoria de Dalton sobre a cegueira para cores foi refutada pelas suas próprias instruções depois de sua morte, mas podemos agradecer a John Dalton por ser o primeiro que descreveu, tão honestamente e cuidadosamente, a condição em 1798 [“Fatos extraordinários relacionados à visão das cores, com observação” (Extrairdinary facts relating to the visiono f colours, with observation), Mem. Literary Phil. Soc. Manchester 5:28 a 45, 1798].
Há uma nota de rodapé: depois do exame, os olhos de Dalton foram preservados, mantidos em um pote e cuidados pela John Dalton Society of Britain, até o presente. De fato, Dalton ou pelo menos seus olhos tinham mais uma contribuição a fazer.
No meio da década de 1990, utilizando métodos de biologia molecular, os pesquisadores extraíram e examinaram o ácido desoxirribonucleico (DNA) das células desses olhos preservados. Confirmou-se que John Dalton tinha apenas uma forma comum de cegueira herdada para cores.
No meio da década de 1990, utilizando métodos de biologia molecular, os pesquisadores extraíram e examinaram o ácido desoxirribonucleico (DNA) das células desses olhos preservados. Confirmou-se que John Dalton tinha apenas uma forma comum de cegueira herdada para cores.
Referência
Kardong. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. 2011
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